Artefato tem cerca de 2.500 anos de idade.

Na terça-feira (9), a Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou a descoberta de um artefato do período bíblico com cerca de 2.500 anos. O responsável pelo achado foi uma criança que caminhava com os pais no deserto do Neguev, no sul do país.
Aos 11 anos de idade, Zvin Ben-David descobriu uma pequena estátua, com pouco mais de 6 centímetros de altura, que comprova a influência persa na cultura israelita por volta de 500 a.e.c. A Autoridade de Antiguidades foi chamada pela mãe da criança, que é guia turística profissional.
Com o formato de uma mulher, acredita-se que o objeto era usado como um amuleto, que protegia a saúde feminina. “Precisamos ter em mente que naquela época o conhecimento médico era rudimentar. Na ausência de uma medicina avançada, os amuletos davam esperança e também funcionavam como uma forma de buscar ajuda”, afirmou o especialista em antiguidades do período persa, Oren Shmueli.
De acordo com a entidade, esta é a segunda peça encontrada com o mesmo significado e está guardada na coleção do Tesouro Nacional. “A atitude exemplar de Zvin Ben-David vai nos ajudar a melhorar o conhecimento das práticas culturais da época bíblica e da necessidade humana de personificar objetos para culto”, disse Ben-Ami, pesquisador da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Período Persa
O Período Persa está registrado em diversos textos do Antigo Testamento (Tanakh), mostrando o exílio do povo hebreu de sua terra natal. No ano 722 a.e.c, o reino do norte foi conquistado pela Assíria e o do sul foi destruído pelos babilônicos, em 612 a.e.c.
Foi durante o exílio na Babilônia que o termo judeu entrou em uso, como forma de identificar o povo da nação conquistada de Judá.
Texto: Raphael Branco (colaborador no Rio de Janeiro)
Leia mais: