
O grupo palestino terrorista Hamas dispararam, nesta segunda-feira (10), foguetes em direção ao Mar Mediterrâneo a partir da Faixa de Gaza, que controlam, após trocas de tiros nos últimos dias com Israel, segundo fontes da segurança e testemunhas.
Leia mais: Tensão entre Israel e Hezbollah é alta, mas um conflito é improvável
Na parte da manhã, pelo menos oito foguetes cortaram o céu de Gaza em direção ao Mar Mediterrâneo, enquanto o Ministério do Interior do enclave palestino, sob controle do Hamas desde 2007, evocou um “ato de resistência”.
Esses foguetes são uma “mensagem” a Israel para que saiba que os grupos armados em Gaza não “permanecerão em silêncio”.
Na semana passada, balões incendiários foram lançados três vezes de gaza para Israel.
O último ataque ocorreu esta madrugada. Os militares israelenses anunciaram que seus aviões de combate atingiram postos de observação do Hamas no norte de Gaza.
O Hamas e Israel travaram três guerras (2008, 2012, 2014).
Apesar de uma trégua no ano passado, favorecida pela ONU, Egito e Catar, os dois lados entram em confronto esporadicamente com foguetes, morteiros ou balões incendiários de Gaza e ataques retaliatórios do Exército israelense.
De acordo com analistas palestinos, os tiros a partir de Gaza costumam ter como objetivo pressionar o Estado judeu a dar luz verde para a entrada de ajuda financeira do Catar.
“Esses foguetes e balões incendiários são mensagens do Hamas a Israel para melhorar as condições econômicas em Gaza, aliviar o bloqueio e implementar parte dos acordos alcançados pelos dois lados via Egito”, disse à AFP Jamal Al-Fadi, professor de ciência política na Universidade Al-Azhar em Gaza.
“Não espero uma guerra porque nenhum dos lados quer uma guerra” nesta fase, acrescentou.
De acordo com o Banco Mundial, cerca de 53% da população de Gaza vivia abaixo da linha da pobreza antes da crise da COVID-19, mas esse número pode aumentar para 64% devido à desaceleração econômica ligada à pandemia.
No momento, 81 casos do novo coronavírus, incluindo uma morte, foram identificados na Faixa de Gaza, onde as escolas também reabriram neste fim de semana.