O exército de Israel matou nesta terça-feira na Faixa de Gaza um líder terrorista da Jihad Islâmica, que respondeu com vários disparos de foguetes contra o território israelense, o que provoca o temor de uma escalada.
As sirenes de alarme foram acionadas em várias cidades de Israel, incluindo Tel Aviv, onde as escolas e universidades foram fechadas após os lançamentos de foguetes.
Em Damasco (Síria), um ataque contra a residência de um líder político da Jihad Islâmica matou o seu filho e outra pessoa, informou a agência oficial síria SANA, que atribuiu o ataque a Israel.
Na Faixa de Gaza, a Jihad Islâmica confirmou a morte do comandante Baha Abu Al Ata, 42 anos, depois que o Exército israelense anunciou um ataque contra o edifício em que ele morava.
Vários moradores citaram uma explosão na residência de Abu Ata, no distrito de Shajaiya, ao leste da cidade de Gaza.
As mesquitas locais anunciaram a morte de Al Ata.
A Jihad Islâmica afirmou que está em “alerta máximo” depois da operação contra um de seus principais dirigentes e anunciou, em represália, disparos de foguetes contra as cidades israelenses próximas à Faixa de Gaza e a Tel Aviv.
Uma fonte militar confirmou um número importante de disparos contra Israel a partir da Faixa de Gaza, território controlado há mais de 10 anos pelo movimento islamita Hamas.
“Nossa mensagem ao Hamas e à Jihad Islâmica palestina é que não buscamos uma escalada, mas estamos preparados para cenários defensivos e ofensivos”, declarou o porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus.
“Esperamos vários dias de confrontos”, completou Conricus.
Israel também atacou a Jihad Islâmica em Damasco, informou a imprensa síria.
De acordo com a agência oficial SANA, dois foguetes atingiram a residência de Akram Ajuri. O ataque matou seu filho Muadh e outra pessoa.
A Jihad Islâmica confirmou a morte de um filho, sem revelar o nome, do dirigente da organização.
Ao ser questionado sobre o ataque em Damasco, quase simultâneo com a operação aérea em Gaza, o exército israelense se limitou a responder “sem comentários”.
– “Ataques” –
Israel justificou o ataque na Faixa de Gaza e afirmou que Abu Ata era o responsável por vários disparos de foguetes contra Israel a partir do território palestino.
Ele estava preparando ataques com operações com foguetes, franco-atiradores, drones e combatentes, de acordo com os comandantes militares israelenses.
“Era responsável por vários ataques terroristas, por lançamentos de foguetes contra o Estado de Israel nos últimos meses e tinha a intenção de cometer ataques que eram iminentes”, declarou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, antes de informar que a operação foi aprovada pelo gabinete de segurança.
Os confrontos contrastam com a relativa calma das últimas semanas ao longo do muro que separa a Faixa de Gaza de Israel.
O momento anterior de lançamentos de foguetes palestinos e ataques aéreos israelenses havia acontecido em agosto, o que provocou o temor de uma escalada entre Hamas e Israel, que entraram em guerra em três ocasiões desde 2008.
Antes dos ataques de agosto, Israel estava adiando a entrada dos milhões de dólares de ajuda que o Catar entrega mensalmente às autoridades da Faixa de Gaza, no contexto de uma trégua negociada com a ONU, o Egito e o pequeno emirado do Golfo, que mantém relações privilegiadas com o Hamas e contatos com Israel.
Em agosto, de acordo com os analistas, os disparos de foguetes foram uma maneira de pressionar Israel a acelerar a entrada da ajuda do Catar.
Salve israel, israel direito de si defender de qualquer agressao