Há 117 casos novos da mutação britânica, dos quais apenas seis pessoas retornaram a Israel do exterior, o que significa que outras foram infectadas localmente.
Após o alarme de que existia uma mutação do vírus COVID-19 que foi detectada na Grã-Bretanha, em todo o mundo vários países se juntaram à lista de infectados com essa cepa.
Em Israel, foram descobertos mais 117 casos de pessoas infectadas com a mutação britânica do novo coronavírus, conforme informou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde, elevando o número total desses casos para 147.
Dos doentes, apenas seis pessoas retornaram a Israel do exterior. Os demais foram infectados localmente, o que, segundo o ministério, poderia explicar o aumento rápido e significativo da morbidade nas últimas semanas.

Além disso, o ministério disse que o Laboratório de Pesquisa de Doenças Infecciosas do Centro Médico Sheba está avaliando as amostras de 15 pessoas que retornaram a Israel da África do Sul nos últimos dias e que testaram positivo para coronavírus para determinar se carregam a variação sul-africana.
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Eles também estão testando cinco pessoas que foram infectadas por eles, até agora, disse o ministério, nenhum caso da variante sul-africana foi descoberto em Israel.
No final da quinta-feira, o Comitê Ministerial sobre Coronavírus aprovou que todos os israelenses que estavam na África do Sul, Botswana, Zâmbia ou Lesoto dentro de 14 dias de sua chegada a Israel devem ser colocados em quarentena em um hotel estatal e permanecer por la 14 dias. A decisão vale até 17 de janeiro e será reavaliada.

Descobriu-se que essas novas variantes do coronavírus espalham o vírus muito mais rápido do que a cepa original. Na manhã de sexta-feira, a Pfizer informou que sua vacina parecia funcionar contra essas novas variantes, de acordo com um estudo laboratorial realizado.
Quando perguntado no início desta semana pelo The Jerusalem Post se há o perigo de que as vacinas Pfizer e Moderna não sejam mais eficazes, o professor Jonathan Gershoni, da Escola Shmunis de Biomedicina e Pesquisa do Câncer da Universidade de Tel Aviv, disse: “Eu honestamente, acho que não. Portanto, devemos continuar a vacinar rapidamente.”

Mais de 1,7 milhão de israelenses já receberam a primeira dose da vacina contra a COVID-19 desde que o país lançou sua campanha de inoculação, informou hoje o ministro da Saúde, Yuli Edelstein, que especificou que nas últimas 24 horas 115 mil pessoas foram vacinadas.
Edelstein, que foi o segundo israelense a receber a vacina depois do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, está programado para receber a segunda dose da vacina no sábado à noite.
Por sua vez, o primeiro-ministro Netanyahu garantiu ontem à noite que haverá vacinas suficientes para inocular todos os israelenses com mais de 16 anos até o final de março.“Seremos o primeiro país a sair do coronavírus”, disse Netanyahu. “Vamos vacinar todas as populações relevantes e quem quiser pode se vacinar“, disse ele.

O primeiro-ministro disse que outro carregamento de vacinas deve chegar no domingo, e muitos mais se seguirão pouco depois. Nesse contexto, ele explicou que Israel chegou a um acordo com a Pfizer para aumentar o número de vacinas, o que transforma o país em uma “nação modelo” sobre como sair da pandemia.
“Este é um grande avanço que nos tirará da crise do coronavírus e nos trará de volta à vida”, disse Netanyahu. “É assim que abriremos a economia, retornaremos ao trabalho, e à vida que amamos e sentimos falta”, acrescentou.