
“Atualmente não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e que têm anticorpos sejam imunes a uma segunda infeção”, disse a Organização Mundial da Saúde em comunicado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou, este domingo, para os riscos associados à ideia dos chamados passaportes de imunidade, assinalando que não existem atualmente evidências de que as pessoas que recuperaram da covid-19 estejam protegidas.
O conceito de passaportes de imunidade ou passaportes sanitários tem sido referido como uma forma de perceber o nível de imunidade numa determinada comunidade e de permitir que as pessoas que têm anticorpos da doença provocada pelo novo coronavírus possam regressar ao trabalho, mas a OMS considera que são necessárias mais pesquisas sobre esta questão.
“Atualmente não há evidências de que as pessoas que se recuperaram da COVID-19 e que têm anticorpos sejam imunes a uma segunda infeção”, disse a Organização Mundial da Saúde em comunicado.
“Até à data, nenhum estudo avaliou se a presença de anticorpos para SARS-CoV-2 confere imunidade contra infeções futuras por esse vírus em humanos”, explica.
A OMS alerta ainda que as pessoas que assumem estar imunes a uma reinfeção por covid-19 poderão ter tendência para ignorar os conselhos das autoridades públicas de saúde, pelo que os referidos passaportes podem aumentar o risco de transmissão contínua do vírus.
A agência da saúde da ONU acrescenta também que os testes para medir a presença de anticorpos do novo coronavírus requerem “validação adicional para determinar a sua precisão e fiabilidade”.
Ao longo dos últimos dias vários países avançaram com a realização de testes para detetar a presença de anticorpos do novo coronavírus, estando também em estudo hipóteses de criação de passaportes de imunidade ou de passaportes sanitários.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 200 mil mortos e infetou quase 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 736 mil doentes foram considerados curados.
Casos em Israel dia 26/04/2020
