Todos os 18 pacientes hospitalizados que administraram o tratamento desenvolvido pela empresa israelense de biotecnologia Amorphical em um ensaio de fase II se recuperaram e receberam alta em poucos dias.

Todos os 18 pacientes com COVID-19 hospitalizados com sintomas moderados ou graves que receberam o medicamento de nome Amor-18 desenvolvido pela empresa israelense de biotecnologia Amorphical em um ensaio clínico de fase II se recuperaram e receberam alta em poucos dias, anunciou a empresa na quarta-feira.
Dos 19 indivíduos que receberam um placebo, seis tiveram que ser transferidos para terapia intensiva e dois morreram. O teste foi conduzido no Ziv Medical Center em Safed e liderado pelos diretores do departamento de coronavírus, Dr. Kamal Abu Jabal e Dr. Nashat Abu Saleh. Como parte do cuidado compassivo, dois outros pacientes em estado muito grave receberam o medicamento e ambos se recuperaram e receberam alta.
“Como os pacientes tratados com a droga se recuperaram dentro de alguns dias e foram liberados para sua casa, isso foi 100% bem-sucedido”, disse Abu Saleh.
Amor-18, que usa Carbonato Amorfo de Cálcio (ACC) como ingrediente principal, foi administrado por via oral ou por inalação. Conforme explicado pela empresa, o ACC tem a capacidade de modular as mudanças ácidas de pH em torno de cada célula.
Essas mudanças afetam a capacidade do coronavírus de penetrar nas células e se replicar. Isso permite que a droga evite que o vírus se espalhe e, portanto, que os pacientes se deteriorem.
“Estamos entusiasmados com os resultados do ensaio clínico, que trazem esperança real para pacientes coronarianos em Israel e em todo o mundo, e são especialmente encorajadores nos dias de hoje com o início da quinta onda e a variante Omicron”, disse o CEO da Amorphical, Yossi Ben.
“A droga que desenvolvemos é anti-inflamatória, segura e eficaz e fácil de usar”, disse ele também acrescentando que o Amor-18 funcionará contra toda a família de vírus SARS, incluindo todas as variantes COVID.
Um teste maior já está sendo realizado nos centros médicos Ziv, Shamir, Kaplan e Maayan Hayeshua em Israel. Em um futuro próximo, a droga também será testada em outros países. Sete hospitais no Brasil já anunciaram que participarão, e outros centros na Europa e nos Estados Unidos devem participar em breve.
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