A União Europeia informou na terça-feira que redobrará seus esforços para salvar o acordo nuclear com o Irã, apesar do que chama de “violações significativas do acordo” por parte de Teerã dos compromissos assumidos no acordo de 2015, depois que a República Islâmica anunciou que começará a enriquecer seus níveis de urânio.
O porta-voz da agência, Peter Stano, disse que as ações do Irã “terão sérias implicações em relação à não proliferação nuclear”, mas acrescentou que era do interesse de todos resgatar o acordo, para que o bloco de 27 nações “fortaleça” suas tentativas de garantir que todos cumpram os compromissos assumidos no acordo histórico.

A intensificação do enriquecimento de urânio pelo Irã também levantou preocupações em Israel.
O ministro da Defesa, Benny Gantz, pediu maiores esforços internacionais para impedir a expansão iraniana.”Sabemos que o Irã continua a levar a região toda para instabilidade e optou por aumentar o enriquecimento para 20%.
O Irã é uma ameaça global e regional e estamos de olhos abertos”, disse Gantz em um comunicado em vídeo na terça-feira.”Todos têm que se unir na luta contra o Irã, com suas atividades terroristas regionais e a ameaça de suas armas nucleares”, acrescentou.
O Irã começou a enriquecer urânio na segunda-feira a níveis nunca vistos desde seu acordo nuclear de 2015 com as potências mundiais.
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A decisão parecia destinada a aumentar a influência de Teerã nos últimos dias do mandato do presidente dos EUA, Donald Trump, cuja retirada unilateral do acordo atômico em 2018 iniciou uma série de incidentes que vêm aumentando.

O enriquecimento de urânio em suas instalações subterrâneas em Fordo coloca Teerã a um passo técnico dos níveis necessários para produção de armas.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que a ação é “totalmente reversível” se os outros parceiros do acordo também cumprissem totalmente, sem dar mais detalhes.
O Irã informou a Agência Internacional de Energia Atômica de seus planos de aumentar o enriquecimento para 20% na semana passada.
A decisão do Irã de começar a enriquecer até 20% de pureza, ja existe há uma década, e quase desencadeou um ataque israelense às suas instalações nucleares, tensões que só diminuíram com o acordo atômico de 2015, o que levou o Irã a limitar seu enriquecimento em troca do levantamento de sanções econômicas.
Outras partes do chamado Plano de Ação Global Conjunto, incluindo a União Europeia, o Reino Unido, a França e a Alemanha, têm lutado para manter vivo o acordo destinado a conter o programa nuclear do Irã.
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